Euro(central)trip

Olá galero! Estou eu aqui de novo para compartilhar as aventurinhas de uma moça na zoropa, e dessa vez fui me meter nuns lugares cheinhos de histórias (em comum) pra contar. Bem, viajei com mais dois amigos dessa vez e os destinos foram Berlim, Praga, Cracóvia, Viena e Bratislava. Visitamos 5 países em uma semana, e teve MUITA coisa, então decidi separar as fotos em galerias diferentes, da mesma forma que já vinha fazendo em outros posts. Dessa vez vou ser mais dedicada e vou contar um pouco mais da viagem em si aqui também… Juro. Cada galeria está recheadinha de fotos pra vocês darem uma olhadinha, confiram!

Saímos de Londres no fim do dia, o que é muito mais tranquilo já que os aeroportos dessa cidade ficam muito longe, MESMO. Para chegar em quase todos eles é preciso pegar um transfer (ônibus ou trem) até o aeroporto, sendo que os trens não funcionam durante a madrugada, o que implica em chegar no aeroporto à noite ainda quando o voo sair bem cedo pela manhã, pois simplesmente não se chega em tempo e taxi é bem caro se não for dividido entre várias pessoas. Felizmente este não foi nosso caso desta vez, e saímos a tarde para o voo que sairia de Stansted no início da noite. Com chuva e muitas nuvens, a chegada em Berlim foi muito turbulenta, poucas vezes fiquei tão nervosa num pouso… Ai meu coraçãozinho. Mas a cidade compensou os primeiros momentos tensos com uma bela noite de sono, já que no dia seguinte a maratona começaria de fato. Nos dois dias que ficamos em Berlim fizemos Free Walking Tours, que na verdade não são assim totalmente grátis já que os guias trabalham na base das gorjetas ao final do tour e cada um é livre para pagar o quanto achar que deve ou o que cabe no seu orçamento. Os tours que fizemos são organizados quase que diariamente pelo hostelculture.com, sendo que eles estão em mais cinco cidades da Europa além de Berlim. Berlim com certeza era uma das cidades que eu mais queria visitar durante meu intercâmbio, tanto pela história nazista, posteriormente o muro e a guerra fria, quanto pela arquitetura e monumentos em memória às vítimas do holocausto. Conhecer uma cidade cheia de cicatrizes e reconstruções, palco de tanta coisa importante para a história da humanidade, com certeza foi um dos pontos altos dessa trip. Faltou visitar alguns lugares em Berlim, mas com o free tour geral deu para cobrir vários lugares chave da cidade em poucas horas. No dia seguinte fizemos o tour de arte alternativa, quando visitamos a East Side Gallery e tantos outros pontos legais da cidade como vocês podem ver nas fotos, e também o tour do III Reich que focou bastante na história da ascensão e queda do Nazismo.

Depois seguimos de ônibus para Praga, na República Tcheca, e não esperava me surpreender tanto com a simples beleza dessa cidade. Claro que queria muito ver a Casa Dançante do Gehry e o Relógio Astronômico, mas Praga à noite é um espetáculo a parte. Todos seus edifícios históricos iluminados, refletidos no rio… Uma imagem que não vai sair da minha cabeça tão cedo. Outra coisa boa de Praga foi o climanewpraguetours.com mas como chegamos em cima da hora, e o dia estava bem ensolarado, o tour em inglês já estava lotadinho nos restando HABLAR ESPAÑOL (ou Portuñol, melhor dizendo), porém nem foi tão horrível assim quanto parece, conseguimos entender a essência do negócio e isso que importa. No fim do dia ainda demos um pulinho na Dancing House, restando o segundo dia de Praga pra descansar e aproveitar a praça central. Naquele dia estava acontecendo a semi-final do mundial de hóckey no gelo, e como Praga foi a cidade sede, a praça estava lotada de pessoas que não haviam ido ao estádio (?) mas que estavam lá para torcer.

Em seguida partimos numa maratona dentro da própria maratona da trip, que foi viajar a noite toda de trem até a Cracóvia, na Polônia, passar o dia lá fazendo free tour e caminhando pela cidade, e no fim do dia pegar um bus e viajar a noite toda novamente até chegar em Viena. O dia na Cracóvia foi bem agradável, o clima também estava agradável mas não tanto quanto Praga. Durante o free tour conhecemos a Praça Central com a torre do relógio, a Catedral que abriga o trompetista que a cada hora toca uma música e acena para as pessoas na praça, a maior parte da Cidade Velha e sua muralha, e também no Castelo de Cracóvia onde ouvimos sobre a lenda do Dragão de Cracóvia e sobre a história da cidade desde o medievo, passando pela invasão nazista, até os dias de hoje. Aproveitei para experimentar o famoso pierogi polonês e para comprar mimos para meus avós, já que o Papa J. Paulo II era natural de lá e eles são super “fãs” dele.

Já em Viena passamos os dias mais ricos da nossa trip. Muita alta sociedade, Sacher-torte, almoços elaborados e castelos. Até Ópera assistimos, por preço de banana. Foi uma experiência inesquecível poder entrar na Ópera de Viena, tão famosa por abrigar concertos de grandes compositores como Mozart ou Beethoven, e poder presenciar um espetáculo como aquele. Viena no passado era a capital da cultura e das artes, um celeiro de criatividade e elegância e pessoalmente foi inesquecível poder andar por aquelas ruas e viver tudo aquilo. Visitamos diversos pontos turísticos durante o primeiro dia, porém por nossa conta já que não havia o tipo de tour no qual estávamos interessados, mas por incrível que pareça tudo foi acontecendo e aparecendo na nossa frente, contamos muito com a sorte nesse dia. Até pudemos participar do Eurovision, o concurso que ano passado consagrou Conchita Wurst (se você não lembra dela, com certeza vai reconhecê-la numa das fotos da galeria abaixo). Segundo dia de Viena foi menos movimentado e fomos direto para o Schonbrunn Palace, que era a residência de verão imperial. Ele e seus jardins foram construídos nos moldes de Versailles, então dá pra ter noção do nível de riqueza e luxúria que aquele povo vivia. Não conseguimos entrar no castelo em si, mas visitamos boa parte dos jardins, incluindo a Gloriette, aquela colunata no alto da colina de onde se tem uma bela visão da cidade de Viena. E assim encerrou-se o passeio pra mim, já que logo me despediria de meus amigos (que iriam a Budapeste, que já visitei) e eu seguiria à Bratislava, na Eslováquia.

Sendo assim, lá fui eu por minha conta para a Bratislava, e dessa vez resolvi que iria viajar pelas águas do Danúbio… Sim, viajei de barco durante umas 2 horinhas e lá estava eu chegando numa Bratislava nublada e quente. Simm, estava quente! Dessa vez pra valer, sem vento gelado ou precisar de sol pra esquentar. Vocês devem estar achando uma chatice eu falar de calor, mas pra quem vive sempre de casacão ou casaquinho por mais de 8 meses, poder usar uma blusa de alcinha sem medo de ser feliz (ou passar frio) é uma libertação. Como cheguei no fim da tarde pude deixar minhas coisas no hostel e sair para jantar e conhecer a cidade durante a noitinha, e como anoitece perto das 21h foi tranquilo voltar pro hostel ainda enquanto estava claro. No dia seguinte fiz um free tour organizado pela Be Free, ouvi sobre as histórias da cidade e da Eslováquia, bem como da Tchecoslováquia e aprendi muito sobre aspectos do comunismo e da Revolução de Veludo que ainda não faziam sentido pra mim. Almocei rapidinho e decidi que iria até o Castelo de Bratislava, no alto da colina, e de lá pude observar toda a parte nova da cidade, do outro lado do Danúbio, a Ponte UFO (olá ET’s) e os jardins do castelo também. No fim do passeio eu estava um pouco queimada nos ombros (ops), mas até fiquei feliz com isso: SINAL DE VERÃO!

No fim do dia me despedi dessa trip e peguei meu voo direto pra Londres. E aí, gostaram? Em breve volto pra contar sobre minha primeira viagem completamente sozinha. Beijos e até a próxima, migos! ass

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